Não satisfeito com a péssima decisão do juiz, o técnico Abel Braga fez das suas. Substituiu o único jogador diferente do Fluminense, Gustavo Scarpa, para a entrada de Reginaldo, a fim de recompor a zaga. A bola pune, já dizia Muricy Ramalho.
Reginaldo e Orejuela não se entenderam ao fazer a linha de impedimento e Pedro Rocha entrou na cara de Cavalieri, que não ofereceu resistência: 2 a 0 Grêmio.
O adversário, com um a mais, passou a trocar passes e, com facilidade, chegada na área do Fluminense na hora que bem entendia. Bastava acelerar o jogo. Lucas não marcava ninguém, Orejuela idem. O Grêmio parecia ter 14 em campo e o Flu, metade disso.
Mas no fim do primeiro tempo, a arbitragem mostrou sua total falta de critério. O zagueiro Kannemann deu um carrinho forte, muito similar ao de Nogueira, e Thiago Duarte exibiu apenas o cartão amarelo, levando os jogadores do Fluminense à loucura.
Não é demais lembrar que o juizão, talvez para compensar a bobagem contra o Fluminense, fez vista grossa para dois pênaltis cometidos por Henrique. No primeiro tempo derrubou Ramiro dentro da área e no segundo, impediu um chute ao elevar suas mãos e a bola tocá-las.
Na etapa final, Abel trocou o inoperante Douglas por Luiz Fernando, o Grêmio tirou o pé do acelerador e o Flu, pelo menos, não foi tão ameaçado. Ainda mandou uma bola no travessão de Marcelo Grohe.
Entrou em ação a torcida do Fluminense. Com um apoio impressionante, incentivou a equipe como se ainda tivesse chance de classificação. Não parou de cantar, debochou dos adversários e mostrou que precisa ter um melhor tratamento por parte da diretoria.